Davi andando e brincando...
Meu pequeno, agora que está andando faz uma baguncinha... Mas adorooo esse pitoquinho andando pelo meio da casa atrás de mim. Alegria dos meus dias!!!!
Primeiro eu!
Parece que o mundo todo gira em torno do seu filho? Pois é, é exatamente
isso que ele acha. Durante vários meses daqui para a frente, a criança
vai pensar quase só em si mesma. É por isso que emprestar o brinquedo ou
dividir a bolacha é tão difícil. Ela ainda vai ser egocêntrica assim
por algum tempo.
Basta você observar seu filho brincando junto com algum amiguinho. Dificilmente ele parecerá interessado em
realmente interagir com a outra criança.
Você, por outro lado, continua sendo a pessoa mais importante da vida do
seu filho. Ele vai continuar exigindo bastante a sua presença --
principalmente agora que está começando a
andar e a fazer com que você corra literalmente atrás dele o tempo todo.
Por outro lado, ele já começa a passar alguns minutinhos sozinho, desde que consiga ver você.
Brincadeiras e medos
Brincar com seu filho o ajuda a desenvolver a capacidade de interagir
com outras pessoas. Capriche em uma sessão de pega-pega, por exemplo.
Outra boa brincadeira é pedir que ele aponte partes do corpo: "Cadê o
umbigo?". Especialistas acreditam que esse tipo de jogo ajude a reforçar
para a criança que ela é uma pessoa independente dos pais.
Nessa fase, a criança pode demonstrar certa timidez ou até medo de estranhos. Esse tipo de
nervosismo
é bem normal, principalmente com pessoas que ele não conhece bem. Pense
que ele está apenas mostrando que sabe a diferença entre quem conhece e
quem não conhece, e que isso faz parte do desenvolvimento.
Além de pessoas estranhas, seu filho pode
começar a demonstrar
medo
de barulhos altos (do liquidificador ou do aspirador de pó, por
exemplo), de água (da banheira, da piscina ou até da descarga do vaso
sanitário) e de animais. Caso isso aconteça, respeite o medo dele, mesmo
que isso signifique uns dias de "banho de gato", e aos poucos vá
promovendo maior convivência com o motivo do medo.
Vale transformar a coisa em brincadeira: se o medo é de cachorro, bata
um papo com um cãozinho de pelúcia. Se é de liquidificador, deixe-o
apertar o botão sob sua supervisão, para que ele se sinta importante.
Comportamentos imprevisíveis
Do nada seu filho, tão bonzinho, resolveu começar a gritar como um
maluco? Ele está explorando o mundo, seus próprios órgãos e o poder que
exerce sobre você. É assim que ele vai descobrir quais comportamentos
são aceitáveis e quais não são.
Você pode dar a ele uma chance de extravasar toda essa energia, como
numa boa guerra de almofadas (leves, e num lugar onde não haja nada
frágil). Massinha de modelar, de preferência antialérgica, é outro
veículo possível para as explorações dele. De vez em quando, deixe-o
brincar livremente na água: uma bacia no quintal ou até dentro do box
vale,
sempre debaixo dos seus olhos atentos.
Talvez a disposição para comer também seja afetada. Se ele comia bem as sopinhas e papinhas, agora pode começar a
recusar
a "comida de gente grande". Fique calma, porque o apetite diminui mesmo
um pouco nesta fase, muito porque seu filho está tão interessado em
explorar o mundo que mal sobra tempo para pensar em se alimentar. E ele
quer ter o poder de escolher o que vai comer.
Recusando colo?
Como assim? Tudo culpa do gostinho de liberdade! Agora ele já pode se locomover sozinho, seja
engatinhando, seja
andando,
e não vai querer abrir mão desse direito. Mantê-lo no carrinho ou de
mãos dadas num lugar cheio de gente pode ser especialmente difícil.
As
quedas
serão inevitáveis, mas procure não se desesperar. Não dá para evitá-las
totalmente, e andar em superfícies irregulares, como degraus (só um ou
dois), areia ou tapetes, pode parecer perigoso, mas é um ótimo treino
para os pés do seu filho.
Uma boa idéia é fazer a seguinte brincadeira: você caminha na frente da
criança e de repente finge ter tropeçado e cai no chão. Ela vai se
divertir à beça com a comédia e perceberá que adultos também estão
sujeitos aos tombos da vida.
Sapatos ainda não são essenciais, exceto em superfícies em que a criança
possa se machucar. Não compre sapatos grandes demais -- o ideal é
deixar um espaço de cerca de um dedo entre o dedão e a ponta do sapato.
Se você não consegue sentir o dedão, é porque o sapato é duro demais
para uma criança desta idade.
E, já que o negócio do seu filho é chão, incentive-o a treinar novos
movimentos, caso ele esteja andando firme. Mostre como se abaixar e
levantar para pegar coisas interessantes do chão, agachando e ficando de
pé sem precisar segurar em nada. Se seu filho
ainda não anda, calma. Resista à tentação de colocá-lo num andador, pois esses equipamentos não são recomendados por especialistas.
Comunicação cada vez melhor
Com 1 ano e 1 mês, as crianças costumam ter um vocabulário de três ou
quatro palavras ("mamá" e "papá" são bons candidatos), mas não se
preocupe se seu filho ainda não disser nada. A aquisição da linguagem
nessa fase é passiva: elas ouvem tudo e vão arquivando, para usar mais
tarde.
Mesmo que ainda não fale, seu filho vai mostrar o que quer -- apontando,
virando a cabeça, ficando mole como minhoca para ir para o chão.
Converse com a criança o tempo todo, numa voz "adulta", contando o que
está fazendo. Músicas acompanhadas de gestos fazem sucesso com os
pequenos (como "Fui morar numa casinha, nha, nha / infestada, da, da /
de cupim, pim, pim...").
Ela começa a perceber as diferenças na entonação, e "conversa" com você, mesmo sem dizer nenhuma palavra inteligível.
Teste e aviso
Para ver se seu filho já compreende o conceito de que os objetos
continuam existindo mesmo que não estejam à vista, coloque um brinquedo
embaixo do sofá, da cama ou de um pano, na frente dele, e veja se ele
vai procurá-lo no lugar certo. É com esta idade que as crianças começam a
perceber que a coisa não sumiu só porque deixou de ser visível.
E cuidado: ele está louco para encaixar uma coisa dentro da outra e
apertar qualquer tipo de botão, para ver o que acontece. Atenção às
tomadas, aos aparelhos eletrônicos e
na cozinha, para evitar acidentes.
Fonte:
Baby Center